O mundo dos smartphones é dinâmico e caracteriza-se por uma troca constante de ideias e inovações. Esta dinâmica é particularmente evidente na relação entre os dois principais sistemas operativos do mercado: o Android, desenvolvido pela Google, e o iOS, da Apple. Ao longo dos anos, inúmeras funcionalidades introduzidas pela Apple no iPhone foram adotadas e adaptadas pelo Android, refletindo uma competição saudável e um esforço colaborativo indirecto para o avanço da tecnologia móvel. Este artigo explora algumas dessas funcionalidades, oferecendo um olhar mais profundo sobre como estas inovações moldaram a experiência do utilizador nos smartphones contemporâneos. Aqui estão algumas características que o Android roubou do iPhone.
O iPhone X, lançado em 2017, foi um marco na evolução dos smartphones da Apple, introduzindo o controlo por gestos que eliminava a necessidade do tradicional botão Home. Esta inovação permitiu uma experiência de utilizador mais fluida e intuitiva. O Android não tardou a seguir o exemplo, incorporando um sistema de gestos similar na sua nona versão. Esta mudança sinalizou uma tendência na indústria dos smartphones: a eliminação gradual dos botões físicos em prol de uma interface mais limpa e imersiva.
O lançamento do Apple Pay em 2014 foi um passo significativo na digitalização das transações financeiras. Utilizando a tecnologia NFC (Near Field Communication), o Apple Pay simplificou os pagamentos, tornando-os mais seguros e rápidos. Em resposta, a Google lançou o Android Pay (agora Google Pay) em 2015, marcando a sua entrada no campo dos pagamentos móveis. A adopção desta tecnologia por ambos os sistemas operativos acelerou a aceitação dos pagamentos móveis em todo o mundo, redefinindo as expectativas dos consumidores relativamente à conveniência nas transacções financeiras.
Introduzido pela Apple com o iOS 6 em 2012, o modo Não Incomodar (DND) ofereceu aos utilizadores a capacidade de silenciar notificações em momentos críticos, como durante reuniões ou enquanto dormem. Esta funcionalidade foi posteriormente adotada pelo Android, refletindo uma crescente consciencialização sobre a importância do equilíbrio entre conectividade e privacidade pessoal.
A Apple foi pioneira na segmentação do acesso das aplicações a dados e recursos específicos do dispositivo com o iOS. O Android começou a adotar uma abordagem semelhante com o lançamento do Marshmallow, melhorando significativamente a segurança e a privacidade do utilizador.
O iOS 11 trouxe a capacidade de editar capturas de ecrã directamente no dispositivo, uma funcionalidade prática para os utilizadores. Cerca de um ano depois, o Android incorporou uma funcionalidade similar, demonstrando como as melhorias na usabilidade são rapidamente adotadas por ambos os sistemas.
O ‘Night Shift’ introduzido pela Apple no iOS 9 foi uma resposta directa à preocupação crescente com a exposição à luz azul e o seu impacto no sono. O Android seguiu o exemplo com o Android Nougat, mostrando uma preocupação partilhada com o bem-estar dos utilizadores.
Inspirado na opção ‘Ask App Not to Track’ do iOS, o Android poderia oferecer aos utilizadores a escolha de permitir ou não o rastreamento de dados pelas aplicações, enfatizando a crescente importância da privacidade digital.
O recurso ‘Dynamic Island’, uma inovação do iPhone 14 Pro e Pro Max, apresenta uma nova forma de exibir informações e interagir com o dispositivo. O Android poderia adoptar um recurso semelhante, reflectindo a constante busca por interfaces de utilizador mais intuitivas e integradas.
Conclusão
A análise destas características revela não apenas a influência mútua entre o Android e o iOS, mas também destaca a natureza competitiva e colaborativa do desenvolvimento de tecnologias móveis. Esta dinâmica assegura que os sistemas operativos continuem a evoluir, trazendo inovações que melhoram constantemente a experiência do utilizador. Ao olharmos para o futuro, podemos esperar que esta troca de ideias continue a impulsionar avanços significativos no mundo dos smartphones.